Biblioteca do IACS

Biblioteca Mary Harder do Instituto Adventista Cruzeiro do Sul

Conheça a Biblioteca

A Biblioteca do IACS também chamada, Biblioteca Mary Harder disponibiliza nesta página as informações básicas de seu funcionamento. Clique na figura abaixo nos itens de seu interesse.




Contatos: biblioteca@bibliacs.com





















Introdução


É bastante conhecido o pensamento que diz que um país se faz com homens e com livros. Conhecida também a idéia de que aquele que lê vale mais e que um livro é presente de amigo. Levando-se em consideração tudo o que um livro significa no processo de formação, informação e conhecimento das pessoas, não é necessário falar-se da importância de uma biblioteca. E se essa biblioteca pertence a uma escola, maior ainda a sua necessidade e o seu valor.

O Instituto Adventista Cruzeiro do Sul, Colégio de internato e externato mistos, com alunos que vão desde a Educação Infantil até o 3º ano do Ensino Médio e Cursos Profissionalizantes muito tem-se esforçado para que a sua Biblioteca Escolar forneça a estes alunos o que há de melhor em matéria de leituras para conhecimento, formação, pesquisa e recreação. Em seu acervo, contam-se livros e revistas para todos os gostos, todas as idades e todas as necessidades dos educandos e de todos os que a freqüentam.

É claro que falta muita coisa ainda, mesmo por que, novas obras literárias surgem a cada dia e não é fácil acompanhar este fato. Dentro do possível, porém, a administração da Escola tem-se empenhado em atender, especialmente, os pedidos dos professores quanto à literatura específica de suas disciplinas. Assim, podem os alunos cumprir com as tarefas que lhes são dadas. Não será por falta de material de pesquisa que um educando deixará de cumprir seus deveres escolares.

Vai aqui um apanhado geral da história, do material e da maneira de funcionamento da Biblioteca Mary Harder do IACS.


Mary Harder


Mary Voth nasceu a 7 de fevereiro de 1890 na cidade de Parker, no estado de Dacota do Sul - USA, filha de Abraham e Sara Voth. Abraham era um ministro menonita que aceitara a mensagem do advento, tornado-se um pregador.

A seu tempo, Mary foi estudar no Seminário Teológico de Clinton(Clinton Theological Seminary), no estado de Missouri. Seu objetivo era preparar-se para ser missionária na Obra do Senhor. Ali, no Seminário, encontrou-se com Abraham Classen Harder que para lá fora com o mesmo ideal. Enamoraram-se e o casamento se deu a 27 de maio de 1911. Logo depois do casamento, o casal iniciou o seu trabalho evangelístico no estado de Kansas: ele como evangelista, ela, como instrutora bíblica.

Poucos meses depois, foram chamados para trabalhar como professores no Canadá. Por dois anos, ele trabalhou numa Escola Elementar como professor. Nos nove anos seguintes, ele foi professor no Colégio Adventista de Lacombe, Alberta. Durante estes 11 anos, Mary, embora professora, desempenhou funções na cozinha da escola, sem nenhuma remuneração. Era missionária voluntária de tempo integral.

Em 13 de janeiro de 1917, nasce o primeiro filho do casal, Leon Mozart. As meninas do internato se revezavam tomando conta do bebê, enquanto Mary continuava seu trabalho na cozinha. Em 11 de janeiro de 1921, nasce o segundo filho, Palmer Wilbert. Palmer nasceu em Oklahoma, pois Mary ali estava visitando seu pai que sofrera um acidente. Ele faleceu quatro dias após o nascimento do neto.

Em 1922, o casal de missionários aceita um chamado para trabalhar no Sul do Brasil. O Pr. Harder veio exercer o cargo de Presidente da Associação Sul-Rio-Grandense. Educador por vocação e por formação, ele logo desejou fundar, no estado, uma escola de internato, onde os jovens pudessem se preparar para o trabalho do Senhor. Foi-lhe negada, pelos superiores, a autorização para tal empreendimento. Quando o missionário decidiu ter a sua escola, ainda que por conta própria, Mary pôs a sua disposição toda a herança que havia recebido por morte de sua mãe e com a qual pretendia garantir um futuro seguro para os filhos.

Assim foi a sra. Harder. Dedicou-se de corpo e alma a assessorar o trabalho do esposo. Durante os primeiros dois anos de existência da Escola Cruzeiro do Sul, ela levou a carga praticamente sozinha, apenas com o auxílio de alguns funcionários, pois o Pr. Harder ainda continuou na liderança da Associação, até que chegou o seu substituto.

Como educadora, exerceu o seu trabalho com palavras sábias, mas sobretudo com o seu exemplo. Algumas alunas que aprenderam com ela a ser donas-de-casa, mães e esposas e educadoras principais dos próprios filhos, gostavam de recordar-se das lições que elas lhes ensinou e dos conselhos amoráveis que lhes dava. Duas ou três ainda vivem e recordam, com carinho da querida "mamãe Harder", como era chamada pelos primeiros alunos.

Mary Voth Harder faleceu em seu lar, aos 96 anos, no dia 9 de janeiro de 1986. No dizer de seu neto, Elmer Harder, ela, certamente, está incluída na bênção de Apocalipse 14:13.


Aspectos Gerais


Filosofia


A filosofia educacional adventista é centrada em Jesus Cristo e visa a restaurar, nos seres humanos, as características do Criador, considerando o Seu caráter e Seus ensinos, bem como a revelação de Sua natureza, tendo como fonte a Bíblia.

A Biblioteca, como parte deste processo, crê que a boa leitura contribui para o crescimento intelectual e espiritual dos indivíduos.













Objetivos


· Desenvolver, no aluno, através da leitura e da pesquisa, a habilidade de tomar decisões, podendo avaliar entre o certo e o errado.


· Estimulá-lo a desenvolver suas habilidades, tanto intelectuais, quanto emocionais.


· Incentivar, no aluno, o amor, o conhecimento de que há um Deus amoroso que dirige todas as coisas, inclusive a sua vida.










Visão


- Ser um referencial para a comunidade escolar.


- Desenvolver o crescimento mental, físico e intelectual.














Missão


Despertar , no leitor, o desejo de busca e o gosto pela leitura formativa, informativa e recreativa, completando o aprendizado com o auxílio da pesquisa através do material disponível.








Histórico


Não há dados precisos quanto à data da fundação da Biblioteca do Instituto Adventista Cruzeiro do Sul, que desde 1998, leva nome de "Biblioteca Mary Harder". Contudo, dadas as informações colhidas ao longo do tempo, especialmente com os filhos mais velhos do casal de fundadores do IACS, Leon e Palmer Harder (ambos já falecidos), pode-se afirmar, com certeza, que a Biblioteca da Escola Cruzeiro do Sul nasceu a 28 de novembro de 1928, no exato momento em que Abraham Classen Harder fechava o negócio da compra das terras onde estabeleceria a escola dos seus sonhos. No dia 11 de março de 1929, quando as aulas propriamente ditas tiveram início, havia, em algum lugar da novel Instituição, uma ou quem sabe, duas estantes de livros: em inglês, em alemão e em português; estes, provavelmente em menor número, já que as primeiras aulas foram ministradas na língua alemã, enquanto o professor Ernesto Roth (chegado havia pouco da Alemanha) e os alunos, salvo dois ou três, davam os primeiros passos na aprendizagem do belo idioma de Camões.

O sr. e a sra Harder falavam um português arrevezado, misturado ao inglês, o que não impedia que incentivassem os alunos a se dedicarem à leitura, fosse em que língua fosse. Pode-se afirmar, sem medo de errar, que a preocupação com a aprendizagem através de leituras selecionadas era uma das metas importantes daqueles que fundaram esta Casa.

Já naqueles idos, a seleção de livros postos à disposição dos alunos era bastante criteriosa. Obras sobre religião, sobre conhecimentos gerais, livros do Espírito de Profecia, biografias e outros do gênero, faziam parte do pequeno acervo literário da Escola Cuzeiro do Sul, nos primeiros tempos de sua história.

Sabe-se que no final de 1929, já havia um número considerável de livros em português graças a doações recebidas de membros da comunidade adventista de Taquara e de Porto Alegre. Alguns vinham um tanto estragados, mas aqui, eram consertados pelas mãos hábeis de Ernesto Roth, auxiliado por Mary Harder e por Mathilde Köhler.

E assim foi acontecendo. No Vale dos Sinos, havia uma Escola e na Escola havia já uma Biblioteca.

Sabe-se que nos cultos de sextas-feiras à noite, ou mesmo nos sábados à tarde, a pequena família colegial ouvia trechos lidos na Revista Adventista. Normalmente, um dos alunos lia, já que os missionários e até o professor Roth ainda se atrapalhavam com algumas palavras da Língua Portuguesa. A Revista Adventista, com certeza, foi o primeiro periódico a fazer parte do acervo da nossa Biblioteca.

O casal Harder era defensor da boa leitura. A propósito, há um fato curioso a respeito do Pr. Harder. Certa vez , lá nos Estados Unidos, ele chegou à casa de um amigo e ali viu um livro de Ellen G. White, cuja edição se esgotara e não havia nenhuma indicação de que haveria outra. Pastor Harder, há tempos, procurava esta obra. Ele insistiu para que o amigo lhe vendesse a obra, mas o amigo que também era amigo dos livros, não vendeu. Então o missionário tomou o livro emprestado. Levou-o para casa e datilografou-o inteirinho, tão grande era o seu desejo de possuir aquela obra. Este livro, The Life of Paul, foi-nos doado pelo filho mais novo, Neander, e está no Museu Histórico A.C. Harder.

Realmente, o ato de ler foi implantado nestas plagas desde a fundação deste que é, hoje, o Instituto Adventista Cruzeiro do Sul.


Biblioteca


Durante todos estes anos de IACS, a Biblioteca já funcionou em vários lugares e teve alguns nomes diferentes. Nos tempos dos Harder, de 1929 até 1937, não havia um nome definido. Consultando os dois últimos ex-alunos daquela época, que ainda estão vivos, eles disseram que na sala de jantar havia duas ou três estantes com muitos livros. No quarto do casal Harder, havia mais estantes e os alunos podiam retirar os livros para ler. Posteriormente, estas estantes foram colocadas numa sala pequena. Conforme já foi dito, muitas foram as doações e em breve, já havia várias estantes de bons livros. Esta biblioteca primitiva era chamada de a "Livraria do Papai Harder."

Em 1938, o Dr. Otávio Espírito Santo substituiu o Pr. Harder na direção da Escola. A esta altura, os Harder haviam doado à Organização Adventista a Escola de seus sonhos, já bem desenvolvida, com construções apropriadas e muita plantação. A Associação Sul-Rio-Grandense adquiriu da família Bergold o restante das terras que pertenciam ao Sanatório Bergold e a Escola continuou a crescer.

O primeiro trabalho do Dr. Otávio, jovem advogado sergipano, recentemente convertido, foi o de oficializar a Escola Cruzeiro do Sul. Até então, ela havia funcionado com um esquema de estudos mais ou menos livre, o que, aliás, ocorria em muitas partes do Brasil. A preocupação da direção da Escola era a de preparar jovens para continuarem os estudos no Seminário de São Paulo (CAB) a fim de trabalharem na Obra Adventista. Agora, novas leis federais determinavam que as normas educacionais brasileiras fossem adotadas em todas as escolas do território nacional. A luta foi grande, mas em 1939, o Ministério da Educação deu o aval de reconhecimento à Instituição que passou a chamar-se oficialmente Ginásio Adventista de Taquara.

Para que o reconhecimento oficial fosse levado a efeito, muitas mudanças, acomodações e criações tiveram de ser feitas. Entre as exigências, havia aquela que determinava que se criasse uma biblioteca com um mínimo determinado de livros e um lugar apropriado para funcionar. Não havia muito dinheiro para a compra de livros. O Pr. Harder havia deixado a maioria de seus livros aqui. Porém, mesmo com as compras posteriores, eles não perfaziam o total mínimo exigido. Os poucos professores da época, doaram boa parte de seus livros. Os alunos internos fizeram uma recolta em suas igrejas, os externos solicitaram a seus vizinhos e familiares. Informações não confirmadas, bem prováveis, porém, dão conta de que a Prefeitura Municipal doou um bom número de livros próprios para os estudantes. Houve auxílio por parte da Associação Sul-Rio-Grandense e também da Casa Publicadora Brasileira. Assim, com muito esforço de todos, a Biblioteca do Ginásio Adventista de Taquara passou, oficialmente, a existir.

Sabe-se que a Biblioteca da Escola continuou a crescer no mesmo ritmo em que crescia o educandário. Várias vezes mudou de lugar, por necessidade de mais espaço. À proporção em que novos cursos eram criados, surgia a necessidade de livros especializados para estes cursos. Assim, em 1957, quando criou-se o Curso de Técnico Comercial, livros relacionados às matérias específicas dos contadores foram adquiridos. Cada ano havia uma verba determinada para a aquisição de livros, verba esta, geralmente ultrapassada já que as necessidades eram grandes.

Com a implantação do Curso de Contabilidade, a Escola mudou de nome mais uma vez. Passou a chamar-se Ginásio Adventista de Taquara e Escola Técnica de Comércio. Em 1961, por motivos vários, a Escola passou a chamar-se Instituto Cruzeiro do Sul (ICS) e em 1963, tomou o nome que conserva até hoje: Instituto Adventista Cruzeiro do Sul.

Por todos esses anos, a Biblioteca não tinha um nome próprio. Era reconhecida pelo nome da Escola, mas o nome pelo qual ela mais se identificava era: Biblioteca do Ginásio e depois Biblioteca do IACS. Em finais da década de 1970, porém, por iniciativa da bibliotecária da época, professora Jacy Reis, a Biblioteca do IACS passou a chamar-se "Tristão Monteiro". Era uma homenagem ao homem que, nos meados do século XIX, dera início à colonização das Terras do Mundo Novo, mais tarde, o município de Taquara.

O Instituto Adventista Cruzeiro do Sul foi implantando novos cursos. O governo brasileiro promoveu várias reformas de ensino e, com isto, a Biblioteca precisava cada vez mais de livros que pudessem atender às necessidades dos alunos e também dos professores.

Em 1997, com a aproximação do 70º aniversário de fundação do IACS, por iniciativa da professora Arlete Pothin da Silva, bibliotecária de então, iniciou-se um movimento visando à troca do nome da Biblioteca pelo de alguém que estivera mais intimamente ligado à história da Escola. Alguém, cujo nome lembrasse aos alunos os inícios difíceis da Instituição que lhes era, agora, um segundo lar. Então, com o assentimento unânime, deu-se-lhe o nome de "Biblioteca Mary Harder." Abaixo, foto do casal Harder, fundadores do IACS, já na velhice, junto aos muitos livros que tanto amavam. Anexos, na foto, os "Testemunhos" de E. G. White, obras que muito valorizavam e, pelas quais, juntamente com a Bíblia, pautavam a sua vida.







Organização


Conforme já foi dito acima, nos primeiros tempos, os livros eram solicitados a um dos líderes da Escola e este o entregava ao aluno. Parece que sequer era anotado o nome de quem o levava. Eram poucos os alunos, todos já mais ou menos amadurecidos e responsáveis. Não havia motivo para anotações. À medida em que mais alunos foram chegando e mais livros foram acrescentados, então havia um aluno responsável em emprestar os livros e anotar quem os levava. Tal procedimento era realizado apenas à noite, já que todos os internos estudavam parte do dia e na outra parte trabalhavam. Assim, qualquer atividade extra deveria ser feita à noite.

Por vezes, o Sr.Harder incentivava aos alunos para que lessem este ou aquele livro. Depois fazia algumas perguntas sobre o mesmo. Isto despertou tanto interesse, que era necessário providenciar mais exemplares da obra indicada. Mesmo assim, muitos pediam livros emprestados dos vizinhos da Escola. Alguma lembrancinha era dada a quem respondesse corretamente as questões propostas pelo missionário. Contudo, no dizer de um aluno da época " o maior presente eram as palavras de apreço e de incentivo ditas por Papai Harder."

Após a oficialização em 1939, muita coisa teve de ser mudada, a propósito da própria oficialização. Um lugar adequado, estantes adequadas e um número mínimo de volumes, tudo isto foi necessário para que as autoridades governamentais dessem à Escola a devida licença oficial de funcionamento.

Nem sempre foi possível ter-se alguém para dedicar-se exclusivamente ao cuidado da Biblioteca. Por vezes, revezavam-se professores. Isto foi possível até 1964, quando a Escola funcionava apenas no turno da manhã. A partir desse ano, porém, com aulas nos dois turnos e até com o Curso de Admissão ao Ginásio funcionando à noite, tornou-se difícil que algum professor se incumbisse do trabalho de bibliotecário. Por algum tempo, o cuidado da biblioteca esteve em mãos de alunos, supervisionados por alguém da administração ou por um professor responsável. Os horários de uso da biblioteca eram divididos em um turno para os rapazes e um turno para as moças. Estudar juntos ali, nem pensar! Quando algumas moças precisavam do auxílio de algum colega, ou vice-versa, estes iam estudar no refeitório, sob os olhares atentos da preceptora ou do preceptor. Isto com horário marcado e com a devida autorização.

O mundo foi mudando e o Colégio também. A partir de 1964, as aulas passaram a funcionar pela manhã e pela tarde. Algumas acomodações precisaram ser feitas, também quanto ao uso da Biblioteca. Durante alguns anos, ela foi cuidada por alunos. Geralmente dois ou três em cada turno, sob a responsabilidade imediata de um colega e responsabilidade mais remota de um membro da administração.

Os horários também precisaram ser acomodados ao novo estilo de vida estudantil. Assim, o tempo de uso da biblioteca não mais foi dividido entre moças e rapazes. Ambos podiam fazer uso da mesma a qualquer hora, no contra-turno de suas aulas, no recreio, até mesmo à noite, com a devida autorização.

Em virtude desta modalidade de uso, a Escola achou por bem colocar alguém de responsabilidade para a administração da Biblioteca. A primeira pessoa a atuar como líder da mesma foi a professora Jacy da Silva Reis. A pessoa responsável sempre conta com o auxílio de alguns alunos que, enquanto exercem o sua função, adquirem conhecimentos que ser-lhes-ão úteis posteriormente.

A partir de 1980, quando se decidiu ter um funcionário de tempo integral como líder da Biblioteca do IACS, exerceram este trabalho:


Jacy da Silva Reis


Irene Keller Rocha


Maria Aparecida Gonçalves


Karine Oliveira


Arlete Pothin da Silva


Biolange Renck


Terezinha Fehlberg


Vanderlei Ricken, atual administrador


Horário de Funcionamento


Segunda à Quinta - 07:00 às 21:00


Sexta-Feira - 07:00 às 16:30


Domingo - 08:00 às 18:00


Adequando-se às técnicas modernas, a Biblioteca do IACS já está informatizada. O aluno pode procurar a obra que deseja consultar através do computador. Ele digita um dado do que precisa e na tela aparecerá indicação completa daquilo que procura: título da obra, autor e a prateleira onde poderá ser encontrado. Se houver necessidade de copiar alguma página de obras que não podem ser retiradas, lá mesmo, há máquinas copiadoras, facilitando assim a vida do estudante.

Quanto ao estudo em grupos, há locais específicos para isto. Os alunos podem estudar juntos, se necessário for, contudo há certas regras de conduta que devem ser obedecidas afim de que os outros que ali estão, pesquisando ou lendo, não sejam prejudicados.

Por vezes, há professores que levam turmas inteiras para que ali façam algum trabalho. Não há nenhum problema. Sendo tudo combinado com antecedência, as mesas e cadeiras são arrumadas de maneira a propiciarem espaço adequado ao estudo. É solicitado ao professor que deseja levar seus alunos a prévia combinação com o bibliotecário para que tudo seja preparado para que bom trabalho seja desenvolvido. Os livros ou periódicos são selecionados com antecedência e colocados sobre as mesas. Quando os alunos chegam, já está tudo em ordem e as coisas transcorrem dentro da normalidade. Terminados os trabalhos, o material é deixado no lugar onde foi usado e os que trabalham na biblioteca colocam cada livro em seu devido lugar nas estantes.


Acervo

A Biblioteca Mary Harder conta com um acervo de mais de 12.000 exemplares que atendem, praticamente, a todas as áreas do conhecimento, especialmente, àquelas que têm relação mais direta com os cursos que a Escola oferece. Há obras em línguas estrangeiras, procuradas especialmente por pessoas da comunidade, embora alguns alunos também se interessem, especialmente pelas obras em inglês.

Estão presentes, e não podia ser diferente, todos os livros da Casa Publicadora Brasileira que é a editora adventista do Brasil. Em se falando nisto, subentende-se que ali, estão também todos os livros de Ellen G. White, mentora maior da filosofia educacional adventista. Alguns títulos mais conhecidos e mais procurados da citada autora:


 A batallha final

 A ciência do bom viver

 A única salvaguarda

 Administração eficaz

 Atos dos apóstolos

 Beneficência social

 Caminho a Cristo

 Carta a jovens namorados

 Chuva de bençãos

 Como lidar com a emoções

 Conselhos aos professores, pais e estudantes

 Conselhos sobre educação

 Conselhos sobre escola sabatina

 Conselhos sobre mordomia

 Conselhos sobre regime alimentar

 Conselhos sobre saúde

 Cristo triunfante

 Deus e o anjo rebelde

 Desperta as nações

 E recebereis o poder

 Educação

 El conflito de los siglos

 Evangelismo

 Eventos finais

 Exaltai-o!

 Filhas de Deus

 Fundamentos da educação cristã

 História da redenção

 HUmanidade de Cristo

 Maravilhosa graça de Deus

 Medicina e salvação

 Mensageiros da esperança

 Mensagens aos jovens

 Mensagens escolhiddas v.1 - v.3

 Mente, caráter e personalidade

 Minha consagração hoje

 No deserto da tentação

 Obreiros evangelicos

 O colportor evangelista

 O desejado de todas as nações

 O destino do mundo

 O grande conflito

 O lar adventista

 O maior discurso de Cristo

 Obreiros evangelicos

 Olhando para o alto

 Orientação da criança

 Pais preparados, filhos vencedores

 Parábolas de Jesus

 Patriarcas e profetas

 Primeiros escritos

 Profetas e reis

 Ser mãe o que é?

 Serviço cristão

 Só para jovens

 Temperança

 Testemunhos para a igreja v.1 - v.9

 Testemunhos par ministros

 Testemunhos seletos v.1 - v.3

 Testemunhos sobre conduta sexual

 Verdade sobre os anjos

 Vereda de Cristo

 Vida de Jesus

 Vida e ensino

 Vida campestre

 Visões do céu

Lista Geral de Periódicos - 2007

Adventist world

 Aventuras na história

 Ciência hoje

 Conexão JA

 Educação

 Educação em revista

 Epoca

 Escola adventista

 Filosofia

 Galileu

 Gestão educacional

 História viva

 Info

 Mundo estranho

 National geographic

 NewsWeek

 Onda Jovem

 Profissão mestre

 Revista aventista

 Seleções

 Super Interessante

 Veja

 Vida e saúde

 Você S/A


Cabe lembrar que esta lista de periódicos torna-se diferente, praticamente, a cada ano, em virtude dos novos títulos que aparecem no mercado.


Setores


A Biblioteca Mary Harder se subdivide em alguns setores, para melhor atender as necessidades dos alunos e também da comunidade. A cada época de férias, o IACS recebe pessoas de várias regiões do Brasil que aqui vêm para participar de cursos de férias. Assim, há muitas obras ali quase que de uso específico desses alunos eventuais. Assim, estes setores distintos fazem parte da Biblioteca:

Minicentro White

É um cantinho destacado para comportar as obras de Ellen G. White. Ali, existem obras em português e também em inglês. Uma foto grande da escritora se destaca na parede. Nas estantes ao lado, encontram-se todos os livros dela já traduzidos em português e alguns ainda em inglês. Estes livros são bastante usados pelos alunos em função das aulas de Ensino Religioso, mas há significativa procura deles para pesquisa. Os membros da comunidade se valem desta minicentro a fim de adquirirem mais conhecimento sobre assuntos os mais diversos. Num ambiente tranqüilo, com boas acomodações, o minicentro White representa um lugar especial para o estudo e para a reflexão.

Biblioteca Clássica

Com o passar dos tempos, livros importantes, cuja edição se esgotou, livros dos quais se fez apenas uma edição, livros de autores muito famosos já falecidos, primeiras edições raras etc., passam a constituir-se aquilo a que se denomina "obra clássica". Fazem parte deste tipo de obra a produção de Shakespeare, de Hemingway, de Platão etc, entre os estrangeiros. Na literatura brasileira, podemos destacar as obras de José de Alencar, Machado de Assis, Casimiro de Abreu, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Érico Verissimo, Paulo Setúbal, Viana Moog, Clarice Lispector, Dinah Silveira de Queiroz, Rachel de Queiroz e muitos, muitos outros.

A Biblioteca Mary Harder já tinha em suas prateleiras muitas obras desse gênero. Em 2003, no entanto, a Professora Zita Kiel Baggio, ex-aluna e ex-professora do IACS, doou para a Escola a sua biblioteca particular. Ela, por muitos anos lecionou em faculdades as disciplinas relacionadas à História do Brasil e às Artes Brasileiras. Assim, o acervo da Biblioteca do IACS foi bastante ampliado no que se refere às obras clássicas.

Entre os livros doados estão várias edições raras, muitas obras famosas há muito esgotadas, coleções significativas de obras sobre a cultura e a arte folclórica do Brasil, sobre música popular brasileira e muito mais.

Entre as obras desta Biblioteca Clássica, destaca-se uma impressão muito especial: toda a obra infantil de Monteiro Lobato reunida num só tomo e que foi lançada, em edição reduzida, em 1992, por ocasião do centenário de seu nascimento.

Os livros doados pela professora Zita, estão em cantinho separado e ali há uma indicação: "Biblioteca Clássica". Estes livros se constituem em excelente material para pesquisa de quem quer deseje aprimorar seus conhecimentos. Têm-se valido deles, muitos ex-alunos e membros da comunidade que os usam para seus trabalhos de faculdade: monografias, trabalhos de conclusão e outros.

Em virtude de reformas ortográficas, muitos livros são retirados de circulação. Não é de bom alvitre que os alunos os manuseiem. Nas aulas de português, eles aprendem certos fatos gramaticais, especialmente com relação à acentuação das palavras, que esses livros editados antes das reformas, trazem de forma diferente. Tais obras, porém, ficam guardadas. Se alguém precisar pesquisá-las para fins específicos, elas ali estão.


Coleções Especiais


Os apreciadores de selos, moedas e rochas encontram farto material na Bibiloteca Mary Harder. Estas três importantes coleções estão ali para servir também de material de pesquias. Contudo, grande parte dos que as procuram, o fazem pelo simples prazer de olhar, de verificar como eram os selos e as moedas nos tempos que já passaram. Já as amostras de rochas apresentam um belo espetáculo de beleza, com suas pedras brilhantes, e de conhecimento sobre a estrutura rochosa do planeta que nos abriga. A observação aguça a curiosidade e leva o observador a buscar mais informações sobre aquilo que está vendo.

Há também, devidamente encardenadas, por ano, ou guardadas em pastas especiais a "Revista Adventista" de muitos anos. O mesmo acontece com a Revista Infantil "Nosso Amiguinho", ambas editadas pela Casa Publicadora Brasileira.

A Biblioteca dispõe de duas assinaturas de jornais estaduais: Zero Hora e NH. Dispõe também do jornal semanal da cidade de Taquara: Panorama. Estes jornais são guardados por algum tempo e depois são passados adiante para diversos usos.






Biblioteca Infantil


Por muito tempo, na Biblioteca Geral, havia um cantinho, uma estante dedicada à Literatura Infantil. Durante os anos em que as crianças tinham suas aulas no mesmo prédio dos outros alunos, a dificuldade de acesso e de uso não era tão difícil. Vários métodos de trabalho foram experimentados. A professora buscava uma seleção de livros e os distribuía entre as crianças. Havia vantagens e havia desvantagens. Posteriormente, a professora ia previamente à biblioteca, selecionava os livros adequados a sua turma e em determinado momento, levava lá os alunos para que escolhessem o que desejavam ler. Este processo podia ser usado também fora do horário das aulas. À medida em que o número de alunos das séries iniciais foi crescendo, tudo foi-se tornando mais difícil.

Há poucos anos, as crianças receberam um prédio próprio para as suas aulas. As acomodações da Educação Infantil já gozavam deste privilégio há muito mais tempo. Então, em relação ao uso da Biblioteca, tudo ficou quase impraticável. As crianças, agora, estavam muito distantes dela.. Para vir, preciosos minutos, para voltar, também. Só em idas e vindas, um bom tempo era gasto. A "hora do conto" tão esperada foi sendo prejudicada. Era do conhecimento da administração o quanto era importante que as crianças formassem o hábito de freqüentar bibliotecas. No IACS, não podia ser diferente.

Em 2004, fez-se uma ampliação no prédio de aulas dos pequenos e uma ampla sala foi designada para ser a Biblioteca Infantil do IACS. Velho sonho de tanta gente que agora era concretizado. Assim, já nesse mesmo ano, as crianças começaram a usufruir da "sua sala de cultura". Não é necessário dizer quão felizes ficaram as professoras, a Coordenadora, a Administração, os pais e todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, se relacionavam com os pequenos educandos.

O ambiente é acolhedor. As crianças têm a alegria de saber que há um lugar reservado para elas. Ali podem chegar sem medo, sem precisar ficar esperando que os maiores sejam atendidos primeiro, e seguras de que nuinguém pedirá que elas saiam dali. Na hora do conto, momento especialmente apreciado por elas, sentam-se felizes, atentas à história que lhes será contada.

No início deste ano (2005) marcou-se a inauguração oficial da Biblioteca Infantil para novembro, por ocasião do aniversário do Colégio, quando, então, receberá o nome da professora Aparecida Hildes Torres Macedo.


Aparecida Hildes Torres Macedo, nasceu em Santo Antônio, distrito de Boituva, no Estado de São Paulo. Em 1945, já órfã de pai, mudou-se com a mãe e a irmã mais nova para a cidade de Bauru onde iniciou o curso primário. Em pouco tempo aprendeu a ler e desde então nunca mais separou-se dos livros. Em 1950, foi para o Educandário Adventista Campineiro, depois, Ginásio Adventista Campineiro e, hoje, Instituto Adventista São Paulo. Ali cursou o Admissão (em um ano, por não ter idade para entrar no Curso Ginasial). Em 1954, termina o ginásio e vai para o então Colégio Adventista Brasileiro (CAB), hoje (Centro Educacional Adventista - UNASP 1). Após terminar o Curso Normal, leciona 1 ano na Escola Adventista de Santo André, casa-se em 1959 e vem para o Rio Grande do Sul. Leciona dois anos na Escola Adventista da Floresta (hoje, Colégio Adventista Marechal Rondon). Seu esposo era pastor-auxiliar na Igreja Central de Porto Alegre. Em 1961, o casal é transferido para a cidade de Rio Grande. No ano seguinte, o Instituto Cruzeiro do Sul - ICS os chama para cá. A partir de 1963, a Escola passa a se chamar Instituto Adventista Cruzeiro do Sul.

Desde então, a família aqui permanece. Em 1975, perde o esposo. Opta por continuar no IACS. E aqui fica. Só no IACS, foram 41 anos na ativa, como professora primária, professora secundária, Coordenadora das Séries Iniciais, do Curso de Habilitação de Magistério e do Estágio Supervisionado do mesmo Curso. Nos últimos 12 anos de trabalho em sala de aula, lecionou português apenas para os terceiros anos dos vários cursos existentes na Escola. Em 2003, deixa a sala de aula. Desde então, dedica-se a algumas atividades que já exercia, tais como: cuidados com o Museu, relacionamento da Escola com os ex-alunos, correção de correspondências, memória da Escola, etc.

Defensora incondicional da necessidade de se incentivar a leitura de todas as maneiras possíveis, procurou, com afinco, direcionar os seus alunos para que tivessem uma amizade grande com as obra de grandes escritores. Os livros sempre foram e continuam sendo, para ela, companheiros ideais de todas as horas.


Conclusão

Aqui estão informações importantes sobre a Biblioteca Mary Harder do Instituto Adventista Cruzeiro do Sul. Cabe dizer que a cada ano, a situação da mesma há de modificar-se em virtude das mudanças naturais que ocorrerão no tempo e no espaço.

Contudo, espera-se que os dados aqui expostos, especialmente os históricos sejam de grande valia para que as gerações posteriores cheguem a conhecer algo, que de humilde começo, alcançou, com o esforço de muitos, o patamar onde agora se encontra. Por certo, muitos degraus serão galgados ainda.

Seja como for, uma certeza fica: a Biblioteca Mary Harder tem sido uma luz no caminho de muitos, nesta Escola e mesmo fora dela. Tal como foi aquela a quem deve o nome.